“... [a religião é] um sistema de doutrinas e promessas que, por um lado, lhe explicam os enigmas deste mundo com perfeição invejável e que, por outro lado, lhe garantem que uma Providência cuidadosa velará por sua vida e o compensará, numa existência futura, de quaisquer frustrações que tenha experimentado aqui. O homem comum só pode imaginar essa Providência sob a figura de um pai ilimitadamente engrandecido. Apenas um ser desse tipo pode compreender as necessidades dos filhos dos homens, enternecer-se com suas preces e aplacar-se com os sinais de seu remorso. Tudo é tão patentemente infantil, tão estranho à realidade, que, para qualquer pessoa que manifeste uma atitude amistosa em relação à humanidade, é penoso pensar que a grande maioria dos mortais nunca será capaz de superar essa visão da vida. Mais humilhante ainda é descobrir como é vasto o número de pessoas de hoje que não podem deixar de perceber que essa religião é insustentável e, não obstante isso, tentam defendê-la, item por item, numa série de lamentáveis atos retrógrados.”
domingo, 22 de maio de 2011
CLARIDADE
Nas trevas vejo
em dia estou
No que me alaga
dono não sou
Um rio
esboroado
p’las lágrimas
que de mim brotam
O montante derrama
cristais de luz
- saudades –
que meu estuário banham
Escorro a jusante
de abraço a
outras águas
tamanhos mares
D’alguém
por fim resvalam prantos
O nenhures greta
tísica de sede
Desmesuradamente
Inundo algures!
sérgio matos
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