Pateticamente incorretas
eu e minhas borboletas,
alucinadas na espera.....
tão facil se perder na emoção
E Dificil não se perder na essência
liquida, etilica, musicada.
tão cativantemente envolvente
Que só resta flutuar
com minhas bixinhas!
Ju Nunes
Numa madrugada alada
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Quem Foi?
A amante da realeza
Estrela dos palcos e das camas da belle époque, La Belle Otero seduziu uma fila de nobres, que bancavam suas perdas nos cassinos
por Texto Gui Campos
Na virada do século 19 para o 20, Paris era o centro do mundo. Os principais artistas, intelectuais, nobres e boêmios lotavam livrarias, cafés, cassinos e cabarés. E todos sonhavam com a espanhola Carolina Otero, a mais famosa, rica e desejada cortesã da belle époque.
Agustina Otero Iglesias nasceu em 1868, na Galícia (noroeste da Espanha), onde teve uma infância miserável e traumática. Aos 11 anos fugiu com saltimbancos portugueses e mudou seu nome para Carolina. Logo viu-se obrigada a mendigar e se prostituir nos estabelecimentos menos recomendados da península Ibérica.
Contava 20 anos quando um banqueiro a seduziu e abandonou em Marselha, na França. Carolina decidiu aproveitar o exílio forçado para se reinventar: subia aos palcos locais como La Belle Otero, uma cigana que dançava uma mistura de flamenco e outros requebrados. Longe de ser bailarina profissional, era muito mais intuitiva que técnica. Mas enlouquecia os franceses com sua dança exótica e sensual, seu temperamento forte e rebelde. Era o sucesso.
Carolina atuou nos principais cabarés e teatros de Paris, como o famoso Moulin Rouge. Era a sex symbol da Europa, mas só se entregava a uns poucos escolhidos. Bom, nem tão poucos. Mas definitivamente escolhidos.
Entre seus amantes de sangue azul estiveram o príncipe Alberto 1º de Mônaco, os grão-duques Nicolas e Pedro do Império Russo, o kaiser Guilherme 2º da Alemanha, o rei Afonso 13º da Espanha e o rei Eduardo 7º da Grã-Bretanha, o duque de Westminster, nobres sortidos da região dos Bálcãs e, para dar uma variada, o escritor e político Gabriele d’Annunzio, mentor de Mussolini. Esses homens poderosos eram generosos em seus presentes, o que permitiu que ela acumulasse uma grande fortuna.
La Belle era também conhecida como “sereia dos suicídios”: 6 homens teriam tirado a própria vida após serem deixados por ela. Com certeza, dois duelaram por La Belle. Um de seus amantes mais fiéis, o grão-duque Pedro Nikolaevich chegou a implorar: “Deixe-me na ruína, mas não me abandone”. Não acredita? Bom, a cortesã se autopromovia inventando histórias sobre sua vida. Até hoje os historiadores se esforçam para descobrir quais delas realmente aconteceram.
No fim, apesar dos vários mimos de muitos nobres, sua compulsão pelo jogo levou-a à falência. Ainda conservava a beleza aos 46 anos, quando foi esconder-se em Nice, no litoral sul da França – não queria que o mundo a visse envelhecer. Nunca se casou. Morreu em 1965, aos 96 anos, arruinada e totalmente só.
Grandes momentos
• Ela era famosa pelos belos seios, que teriam inspirado as cúpulas gêmeas do Hotel Carlton, de Cannes (França), inaugurado em 1912.• Calcula-se que, em dinheiro de hoje, La Belle Otero teria perdido cerca de US$ 25 milhões na roleta. No final da vida, sua fonte de renda era uma pensão do Cassino de Montecarlo.
• Além da França, Carolina Otero apresentou-se em Nova York, Buenos Aires e na Rússia. Ela aparece dançando em dois filmes dos primórdios do cinema, um rodado em 1895 e outro em 1898. É por isso considerada por alguns como a primeira “estrela” do cinema.
domingo, 3 de outubro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Efêmera
Contraste entre a névoa e as luzes de Monet,
no intimo febril, um rude amanhecer.
Em uma infinda noite, sob o manto de Morpheus
Senti meu corpo nu, adurir ao toque seu.
Carbonizando a sorte,
Desmoronou – me o forte,
Ruiu, tal qual como se ergueu.
Com um brilho tão intenso de um falso Renoir,
Um toque de veneno em um doce degustar
Tal Macondo centenária, o lar da solidão
De agonia e poesias os dias vêm e vão
Eternizando a morte,
Cicatrizou-me o corte,
Surgiu, brilhou e feneceu.
Galvão junior
http://gentiobravo.blogspot.com
Contraste entre a névoa e as luzes de Monet,
no intimo febril, um rude amanhecer.
Em uma infinda noite, sob o manto de Morpheus
Senti meu corpo nu, adurir ao toque seu.
Carbonizando a sorte,
Desmoronou – me o forte,
Ruiu, tal qual como se ergueu.
Com um brilho tão intenso de um falso Renoir,
Um toque de veneno em um doce degustar
Tal Macondo centenária, o lar da solidão
De agonia e poesias os dias vêm e vão
Eternizando a morte,
Cicatrizou-me o corte,
Surgiu, brilhou e feneceu.
Galvão junior
http://gentiobravo.blogspot.com
sábado, 11 de setembro de 2010
O humano nasce da ansia do amor
entre sangue e lágrima e suor
Toda espécie auspicia o melhor
Mas vida é prazer, calma e dor
...O sofrer é questão de indispor
Com que tem, o que quer e o que pode
Todo mundo um dia se sacode
Só que uns sofrem mais sem saber
O porque de viver para sofrer
Eu só quero fuder ums que mi fode.
...
Seu Ribeiro
entre sangue e lágrima e suor
Toda espécie auspicia o melhor
Mas vida é prazer, calma e dor
...O sofrer é questão de indispor
Com que tem, o que quer e o que pode
Todo mundo um dia se sacode
Só que uns sofrem mais sem saber
O porque de viver para sofrer
Eu só quero fuder ums que mi fode.
...
Seu Ribeiro
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
R.ÁSTROS
(I)
Ele que foi a serpente emplumada,
O portador da luz da ilha sagrada,
Daquele antigo leste que se partiu,
Restou a sabedoria de Quetzacoatil
A beleza frondosa da terra amada
Que se desfez numa só engolfada
No furor do oceano que bramiu
Foi ele a última centelha que viu
Mas pôde salvaguardar um ceitil
Derradeira chama pálida produziu
Do menor conhecimento e de cada
E de tudo o que ficou logo baniu
Escolhos que quisera do mais vil
Se perdessem nesta nova empreitada
(II)
Francisco de Sousa Vieira Filho
Novamente semente a ser plantada
À sementeira nova chance fora dada
É que quisesse sem o dano que feriu
Àquela que o outro curso já seguiu
E, se obteve êxito, se ele conseguiu
O sequioso intento que era seu ardil
Com o esforço de sua mão edificada
A tela do futuro inda resta embaçada
Somos nós que colheremos cada til
A quem foi dada a trilha já traçada
Aos lindes de passado outro atada
Se ressurja inda uma vez primaveril
O fulgor que naqueles idos já se viu
É mister que nossa força seja alçada
O roteiro mais lindo de encenar
É uma vida vivida com paixão
Não existe nenhuma produção
De cinema capaz de superar
...Quem consegue na vida vivênciar
O prazer de viver uma ventura
Poderá ter seu longa na moldura
E um oscar à outro conferir.
Quem encena não deve se iludir,
Só que vive de fato tem bravura.
...
Seu Ribeiro
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Haikai (俳句, Haiku ou Haicai) é um forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade. Entre seus praticantes no Brasil estão: Paulo Leminski e Alice Ruiz.
Mestiço de pai polonês com mãe negra, Paulo Leminski Filho sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra. Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados populares.
Alice Ruiz se casou aos 22 anos com Leminski e pela primeira vez, mostrou a alguém o que escrevia. Surpreso, Leminski comentou que ela escrevia haikais, termo que até então Alice não conhecia. Mas encantou-se com a forma poética japonesa, passando então a estudar com profundidade o haicai e seus poetas.
Fonte: Texto retirado do site oficial dos autores
Um Caráter Para Macunaíma
Jorge Mautner
Jorge Mautner
Jornal da Tarde, 13 de março de 1987 - 24/10/2002
Quando eu e Gil nos conhecemos em Londres, em 1972, ele disse para Caetano: ‘Jorge Mautner é o primeiro intelectual branco que respeita a cultura negra no mesmo nível’. Tenho uma arte diferente da dele, mas nos entendemos muito bem. Gil já gravou várias canções minhas, "O Relógio Quebrou", "Rouxinol", "Maracatu Atômico". Essa união de negro, mulato e branco só é percebida por uma minoria, como eu, descendente dos campos de concentração e Gil descendente de escravos – não existe problema que não assimilamos. Figa Brasil tem a ver com isto, como tem a ver com o Movimento do Kaos, que lancei em 1958. Vamos juntar tudo: Oswald de Andrade, a filosofia humanista, a poética e a filosofia da Democracia, baseada em primeiro lugar na liberdade. Antes até da negritude, antes até das lutas sociais, queremos a visão humanista. Cada ser humano é único e sagrado. Isso nos fez sempre inimigos dos dogmas e suspeitos aos dogmáticos.
Vejo tudo mergulhado numa grande superficialidade, nunca o ser humano foi tão manipulado. Nunca se manipulou tanto a idéia da vida humana, a política, a democracia: o idealismo está sendo submergido. Nossa intenção é reverter essa situação. Queremos criar clubes filosóficos onde as pessoas se reúnam, discutam, analisem. Não se vê mais intelectuais discutindo, mostrando. Até os artistas estão encastelados no tédio dos seus castelos. O ensino, depois do Acordo MEC-USAID, foi completamente barateado, não se discute mais no colégios, não existe mais curiosidade, criatividade, estímulo. Comecei a escrever meus livros em classe, no Dante Alighieri. Tudo era ensinado com vida, palpitação, paixão. Hoje isso foi amordaçado, cortaram as interligações, os fios condutores. O resultado é essa superficialidade, essa tristeza do pós-modernismo, esse desespero.
Figa Brasil é uma convocação para nos comunicarmos de novo. Que venham todos os de boa vontade. Só estão barrados os racistas e os belicistas, pois até os conservadores esclarecidos são bem-vindos. Falando sobre o povo brasileiro, Julian Marias disse que "a maior riqueza do povo é o próprio povo. Existe um sonho que não foi destruído em cada um, que resiste". O Gil sempre tocou isso para seu grande público, e eu para meus fiéis seguidores. Vamos sair dos pequenos feudos do Brasil, chegar ao Brasil grande. No Brasil, inteligente é quem tira vantagem, idealista virou sinônimo de bobo. Mas não estou desencantado. Acredito em modernizar o país, acredito em ler, escrever, estudar. Acredito na paixão de resgatar a história real, a história do sambista, do feirante, do Filho de Gandhi. Essa história tem sido cerceada pela direita e pela esquerda – que cerceou Gilberto Freyre, por exemplo. Essa universidade paralela proposta pelo Figa Brasil está além da esquerda e direita, sua matéria-prima é a preocupação humanista que resiste em todos os lugares, desde a favela.
Não somos o Messias que chega, apenas juntamos nossas forças. Queremos caminhar sobre a brasa, não sobre a chama. Essa é uma coisa para nós todos fazermos – ou ninguém. Sem lideranças ou prioridades hierárquicas. Vamos misturar tudo, cultura alemã, americana, artes marciais, da China, samba e afoxé, o jeitinho brasileiro, nossa intuição. Chegou a hora de Macunaíma começar a elaborar seu caráter. Queremos o lúdico responsável, a radical democracia. D. Pedro II planejou bem a libertação dos escravos com educação, mas aí os latifundiários aliados com os militares proclamaram a República e jogaram os negros na liberdade selvagem, tão terrível quanto o capitalismo selvagem. Figa Brasil é o desejo de uma alquimia que faça encontrar os que estão separados. Que faça sambar os que só escrevem, que faça escrever os que só têm sambado!
Vejo tudo mergulhado numa grande superficialidade, nunca o ser humano foi tão manipulado. Nunca se manipulou tanto a idéia da vida humana, a política, a democracia: o idealismo está sendo submergido. Nossa intenção é reverter essa situação. Queremos criar clubes filosóficos onde as pessoas se reúnam, discutam, analisem. Não se vê mais intelectuais discutindo, mostrando. Até os artistas estão encastelados no tédio dos seus castelos. O ensino, depois do Acordo MEC-USAID, foi completamente barateado, não se discute mais no colégios, não existe mais curiosidade, criatividade, estímulo. Comecei a escrever meus livros em classe, no Dante Alighieri. Tudo era ensinado com vida, palpitação, paixão. Hoje isso foi amordaçado, cortaram as interligações, os fios condutores. O resultado é essa superficialidade, essa tristeza do pós-modernismo, esse desespero.
Figa Brasil é uma convocação para nos comunicarmos de novo. Que venham todos os de boa vontade. Só estão barrados os racistas e os belicistas, pois até os conservadores esclarecidos são bem-vindos. Falando sobre o povo brasileiro, Julian Marias disse que "a maior riqueza do povo é o próprio povo. Existe um sonho que não foi destruído em cada um, que resiste". O Gil sempre tocou isso para seu grande público, e eu para meus fiéis seguidores. Vamos sair dos pequenos feudos do Brasil, chegar ao Brasil grande. No Brasil, inteligente é quem tira vantagem, idealista virou sinônimo de bobo. Mas não estou desencantado. Acredito em modernizar o país, acredito em ler, escrever, estudar. Acredito na paixão de resgatar a história real, a história do sambista, do feirante, do Filho de Gandhi. Essa história tem sido cerceada pela direita e pela esquerda – que cerceou Gilberto Freyre, por exemplo. Essa universidade paralela proposta pelo Figa Brasil está além da esquerda e direita, sua matéria-prima é a preocupação humanista que resiste em todos os lugares, desde a favela.
Não somos o Messias que chega, apenas juntamos nossas forças. Queremos caminhar sobre a brasa, não sobre a chama. Essa é uma coisa para nós todos fazermos – ou ninguém. Sem lideranças ou prioridades hierárquicas. Vamos misturar tudo, cultura alemã, americana, artes marciais, da China, samba e afoxé, o jeitinho brasileiro, nossa intuição. Chegou a hora de Macunaíma começar a elaborar seu caráter. Queremos o lúdico responsável, a radical democracia. D. Pedro II planejou bem a libertação dos escravos com educação, mas aí os latifundiários aliados com os militares proclamaram a República e jogaram os negros na liberdade selvagem, tão terrível quanto o capitalismo selvagem. Figa Brasil é o desejo de uma alquimia que faça encontrar os que estão separados. Que faça sambar os que só escrevem, que faça escrever os que só têm sambado!
maltner e leminski
terça-feira, 17 de agosto de 2010
sábado, 31 de julho de 2010
poetizem, embelezem, idealizem!!!
A existência não pode ser forçada a ir de acordo com você; ela flui de seu próprio modo. Se você puder fluir com ela, você será positivo. Se você lutar contra ela, você se tornará negativo e todo o cosmos à sua volta se tornará negativo.
Osho
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