domingo, 29 de janeiro de 2012

LIBERTAR


solta-me
da vida
desgruda-me
do solo
com a gentileza
de uma borboleta azul

cuidado
que sou tenro
sou flácido
e plácido
como um caramujo
nu

levo
o rastro das horas
lavo
o resto da história
ainda por contar

descola-me
o ouvido
do chão
e  deixa
o turbilhão
passar

passa o tempo
passo pelo vento
fica só esta
aurora
e o sol
no céu
a navegar
 Cristina DeSouza

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